Google

terça-feira, 10 de julho de 2007

Educação

O que está havendo com a educação em nossas escolas?

Não importa se é pública ou particular, o contraste dos alunos de hoje com os de uma ou duas décadas atrás (que dirá antes) é cada vez maior.

Do ponto de vista histórico, até a década de 1980, a escola era muito rigorosa e a disciplina era imposta pelo medo. Eram escolhidas a dedo as pessoas que tinham direito a uma educação privilegiada, não só em escolas públicas como também nas particulares.

Um período em que se realizavam provas de classificação para ocupar uma vaga no antigo ginásio.

O povo, em se tratando de pessoas de baixa renda e escolaridade por parte dos pais e avós, esses cursavam o antigo grupo escolar que equivale hoje ao ensino de primeira a quarta série.

Nos grupos escolares podia-se encontrar em grande maioria descendentes de imigrantes italianos e de escravos.

Da grande massa desfavorecida desses grupos, pouquíssimos conseguiam através do esforço de suas famílias atingir o nível necessário para passar em provas seletivas para o antigo ginásio, hoje quinta a oitava série.

Sabemos que a educação anda devagar ainda nos dias de hoje e que o ensino público é ainda deficiente, mas ainda assim é um progresso. Quando as pessoas vão acordar? Mesmo que a pessoa não venha de um núcleo privilegiado, hoje em dia pode cursar o ensino fundamental, médio, profissionalizante, tecnológico e quem sabe até a faculdade.

Até bem pouco tempo isso era um sonho quase impossível, e hoje mesmo depois de tantos esforços de tantas pessoas bem menos favorecidas, vemos alunos de várias classes sociais que espancam professores e funcionários nas escolas ou espancando pessoas gratuitamente nas ruas.

De onde vem essa violência gratuita? É hora de prestarmos atenção ao nosso redor.

Nossos jovens vêem que o crime, a corrupção, infrações de trânsito e outros delitos, simplesmente passam impunes. Se antes temíamos as consequências de nossos atos, hoje não temos consequências.

Isso começa desde cedo, quando vem o primeiro bilhete da escola com uma reclamação de nossos filhos. Uns por excesso de "zelo" defendem os filhos mesmo duvidando se é merecida ou não uma bronca do professor, e vem a desculpa de que é perseguição e que o professor foi injusto, outros casos os pais ignoram comunicados da escola deixando os filhos impunes e a escola sem ação, porque aquela e as próximas notificações nunca terão resposta.

Baseado nesses fatos fica bem claro o rumo que as coisas estão tomando.

Adultos e jovens, faço aqui um apelo: tenham filhos apenas se realmente quiserem e tiverem condições principalmente emocionais. O diálogo vem sempre em primeiro lugar, às vezes quem está de fora vê defeitos que nós pais não vemos, muitas vezes por causa da cegueira do amor, outras por que não temos vocação para a responsabilidade.

Pensem nisso.

Abraços

Luciana Barbin

4 comentários:

ℭacilhας, ℒa ℬatalema disse...

No Brasil o que falta é Educação.

Essa frase é forte, mas dolorosamente verdadeira. Os tucanos acham que vender, ops… digo, privatizar tudo (e embolsar a grana) seja a solução; já os petistas acham que a solução é dar pão e circo pro povão, embolsar a grana e fingir está tudo certo.

Mas ninguém tem qualquer preocupação com a Educação!

Mesmo porque se o povo fosse instruído, ladrão de colarinho branco – tucano ou petista – ia tudo pro xilindró.

Também as chamadas Forças Externas – que não existem segundo quem lucra com elas e são desculpa pra tudo segundo os incompetentes – não querem Educação na América do Sul, porque elas já vêm promovendo um processo de emburrecimento do latino-americano há décadas, intencionando tornar-nos um bando de consumidores compulsivos e ignorantes, e não querem ver todo esse trabalho ir pelo ralo.

Porém o povo brasileiro não se toca disso… os próprios prejudicados pela ignorância são os primeiros a levantar a mão contra os professores e a votar contra e ridicularizar o cara que propôs reverter esse quadro vergonhoso.

Mais… quando alguém propõe um projeto legal de inclusão digital, aparece logo um monte de invejosos, sentindo-se ameaçados pela possibilidade real de inclusão, e lançam falsos projetos para derrubar a iniciativa verdadeira. E o brasileiro burrão vai atrás.

É exatamente isso que está acontecendo em nossas escolas: mistura de ignorância com prazer em ser ignorante, ou, se preferir, auto-sabotagem sócio-cultural.

[]'s
Cacilhas

ℭacilhας, ℒa ℬatalema disse...

Faltou complementar…

Vamos cantar o seguinte mantra:

Educação é Progresso
Educação é Progresso
Educação é Progresso
Educação é Progresso

[]'s
Cacilhas

Anônimo disse...

A minha opinião é que culturalmente o Brasil não possui apelo pela educação, ao contrário de uma parte de outros países (principalmente entre aqueles de pensamento confunciano). Será preciso uma boa dose de energia para levar em frente uma reforma geral na Educação ou então andaremos a passos lentos.

Agora, de onde virá essa cultura em prol da Educação?

Lu Barbin disse...

Torcato, acho que a educação deveria começar de dentro de casa e nào esperar que ela caia do céu pelas mÀos do governo.

Mas sim concordo com o que você escreveu sobre a reforma, e essa tem que vir dos 2 lados da moeda.

Abraços

Luciana Barbin